Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Política internacional

Com Obama, Dilma defende ação coordenada contra a crise

Líderes fizeram história com discursos da ONU |
Líderes fizeram história com discursos da ONU (Foto: )
Dilma Rousseff conversa com Obama na sede da ONU, em Nova York, durante o lançamento do programa Governo Aberto, voltado à transparência orçamentária, ao acesso público à informação e participação social |

1 de 1

Dilma Rousseff conversa com Obama na sede da ONU, em Nova York, durante o lançamento do programa Governo Aberto, voltado à transparência orçamentária, ao acesso público à informação e participação social

Na véspera de seu esperado discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Roussef defendeu ontem, durante encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama, a ação coordenada dos países contra a crise econômica global e elogiou o programa dos EUA para estimular a criação de empregos no país.

Dilma também falou a Obama sobre o desequilíbrio comercial entre os países e demonstrou preocupação com a crise europeia.

O governo do Brasil viu com bons olhos o anúncio feito ontem por Obama de reforma tributária. O presidente norte-americano condenou subsídios agrícolas, tema de interesse do Brasil.

Segundo a administração Dil­­ma, a alegação de que subsídios não são meios legítimos para in­­tervenção na economia poderá ser usada em pleitos brasileiros com negociadores dos EUA.

Na abertura do debate geral da Assembleia Geral da ONU hoje, Dilma deve mencionar no discurso a situação econômica global.

Ela deve dizer que a instabilidade econômica atual não pode prejudicar o desenvolvimento de projetos que ajudaram países a avançar. Dilma será a primeira mulher na história a abrir o evento. Tra­­dicionalmente, cabe ao Brasil fa­­zer o discurso de abertura da reunião.

Obama e Dilma também lançaram um programa conjunto para estimular a transparência política e a participação dos cidadãos.

A presidente citou iniciativas como consultas públicas para programas de governo e o Transpa­­rência Brasil (que divulga na internet gastos governamentais) como exemplos de ações para elevar a transparência no país.

Disse ainda que o Programa Nacional de Banda Larga, que de­­pende de uma série de resoluções para sair do papel, deve resolver os gargalos de ampliação do uso das redes digitais como instrumento de participação política.

Os senadores norte-americanos Robert Menendez e Marco Rubio, do Comitê de Relações Exteriores, enviaram a Dilma carta pedindo que o Brasil não vote a favor de reconhecer a Palestina na ONU.

Informação

Apesar de o Brasil ser um dos copatrocinadores do programa, Dilma teve que enfrentar o desprazer de ouvir seu colega norte-americano elogiar México, Turquia e Libéria por terem aprovado uma lei que dá acesso total da população a informações de governo, enquanto a legislação brasileira continua parada no Congresso Nacional apesar dos esforços do governo.

"Países como o México, a Turquia e a Libéria aprovaram leis que garantem o acesso de sua população à informação pública", disse Obama, para em seguida listar evoluções em outros países.

Para o Brasil, o elogio foi por ter colocado mais informações na Internet, assim como fez a África do Sul.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.