Já começou nos territórios ultramarinos e nas representações diplomáticas da França no continente americano o segundo turno das eleições presidenciais francesas. No Rio, a comunidade francesa fez fila na porta do consulado da França neste sábado, pela manhã.
Nessa região, a votação foi adiantada em um dia por causa do fuso horário. Na França metropolitana, a votação será realizada no domingo. Os últimos centros de votação fecharão suas portas às 20h locais (15h de Brasília).
Cerca de um milhão de franceses que moram nos territórios controlados pelo país devem votar. Os primeiros foram os eleitores do arquipélago de Saint-Pierre-et-Miquelon, na costa leste do Canadá. Votam ainda neste sábado os eleitores de três departamentos ultramarinos: Guadalupe, Martinica e Guiana.
Neste sábado, o conservador Nicolas Sarkozy , que é o favorito nas pesquisas, atacou o que chamou de declarações "de guerra" da candidata riva , a socialista Ségolène Royal . Na sexta-feira, diante do crescimento de Sarkozy após o debate de quarta-feira, Ségolène Royal subiu o tom das críticas e disse que, caso seu rival vença as eleições, a França terá que enfrentar a violência que será desencadeada no país .
Pesquisas mostram que Sarkozy ampliou vantagem
A pesquisa realizada por TNS Sofres para o jornal "Le Figaro" mostra que Sarkozy tem 54,5% das intenções de voto, 2,5 pontos percentuais a mais que uma pesquisa anterior. Sua rival, a socialista Ségolène Royal, registra 45,5%, perdendo 2,5 pontos percentuais em relação à medição anterior.
O "Le Figaro" disse que 1000 pessoas participaram da pesquisa, realizada no dia 3 de maio, após o debate. O único debate televisionado da campanha eleitoral, que paralisou a França na noite de quarta-feira, não teria mudado a relação de forças políticas, apesar de os analistas reconhecerem que a rival de Sarkozy, a socialista Ségolène Royal, surpreendeu pela firmeza no discurso e conseguiu desestabilizar o candidato da direita várias vezes.
Uma sondagem da Opinionway para o jornal "Le Figaro" e a rede de televisão LCI proclamou Sarkozy vencedor disparado do debate: 53% das pessoas acharam que ele foi "mais convincente" que Ségolène, que conquistou 31% dos telespectadores, enquanto 16% não apoiaram qualquer um dos dois ou não se pronunciaram. Esta pesquisa gerou polêmica ontem, com os diretores de campanha de Ségolène, Jean-Louis Bianco e François Rebsamen, denunciando "manobras".
