A reunião sobre a crise no Líbano começou nesta quarta-feira com uma crescente pressão para conseguir um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah depois da morte de quatro observadores da ONU, mas os diplomatas estavam céticos sobre a possibilidade de um acordo rápido.
A cúpula de um dia, co-presidida pela Itália e Estados Unidos, tem previsto analisar as condições para um cessar-fogo, o envio de uma força internacional de manutenção da paz no sul do Líbano, e a abertura de corredores humanitários seguros.
A França anunciou pouco antes do início que apresentará na reunião os primeiros esboços de um rascunho de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede um cessar-fogo no Líbano em primeiro lugar para uma negociação política posterior entre as diferentes partes.
Líderes árabes e o secretário geral da ONU, Kofi Annan, querem que a reunião peça o fim definitivo da ofensiva no Líbano, que já provocou a morte de cerca de 450 pessoas, iniciada quando o Hezbollah capturou dois soldados israelenses em uma incursão em 12 de julho.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que chegou à Itália depois de visitar Beirute e Jerusalém, disse que prefere conseguir as condições apropriadas para uma solução duradoura.
Rice se reuniu com seu par italiano, Massimo D'Alema, antes de iniciar a reunião para discutir a agenda de temas.
Um assessor de D'Alema resumiu os temas:
- Uma pausa nas hostilidades para a assistência humanitária, um corredor humanitário, as possibilidades de uma força de estabilização, e também conversar sobre como e quando convocar uma conferência de doadores.
Entre os delegados participantes da reunião se encontram o primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, ministros da Arábia Saudita, Jordânia e Egito, além de representantes das potências européias Alemanha, França e Grã-Bretanha, mais Rússia e Turquia e a ONU, União Européia e o Banco Mundial.
Um líder do Hezbollah disse que o grupo guerrilheiro, que mencionou a possibilidade de aprofundar seus ataques em Israel, no lugar de se desarmar, condição para qualquer cessar-fogo, estava cansado das conversações.
- Estamos cansados de conferências que não levam a lugar nenhum. Já vimos muitas delas: Madri, Oslo, Camp David, Wye Plantation e outras - disse Hussein Haji Nassan, um dos líderes do Hezbollah, a um jornal italiano.
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