A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia confirmou que a Polícia Metropolitana de Londres resistiu à abertura de uma investigação, nesse órgão, da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes.

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"O Serviço de Polícia Metropolitana resistiu inicialmente a que abríssemos a investigação, mas superamos esse obstáculo", afirmou, num comunicado, o vice-presidente da comissão, John Wadham.

Não ceder à vontade da Scotland Yard "foi ima importante vitória para a nossa independência", sustentou Wadham. "Esta disputa causou um atraso na investigação, mas trabalhamos duro para recuperar o tempo perdido", relatou o vice-presidente.

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Wadham disse que, apesar de tudo, houve "avanços muito bons na investigação" e ressaltou o desejo da comissão de terminar o inquérito rapidamente.

"Estamos trabalhando para concluir a investigação em três a seis meses. O inquérito que estamos levando a cabo será imparcial e não nos precipitaremos nas conclusões", disse o vice-presidente.

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal "The Independent" relatou que o comissário-chefe da Polícia Metropolitana, Ian Blair, tentou impedir a abertura do inquérito independente, pedindo que a investigação permanecesse no âmbito do combate ao terrorismo. O pedido foi feito a superiores ainda no dia em que Jean Charles de Meneses foi morto (22 de julho), por agentes da polícia britânica, que o confundiram com um extremista.