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Uma comissão do Conselho de Segurança da ONU que trata da admissão de novos países à entidade fez na sexta-feira sua primeira reunião a respeito da candidatura palestina, à qual os EUA e Israel se contrapõem.

A reunião ocorreu a portas fechadas, com representantes dos 15 países do Conselho de Segurança. O embaixador libanês Nawaf Salam disse que os participantes decidiram por unanimidade continuar a discussão na semana que vem.

Os EUA e Israel são contra a adesão plena da Palestina à ONU, por entenderem que o reconhecimento do Estado palestino deve ser resultado de uma negociação direta com Israel. Os palestinos dizem que decidiram recorrer unilateralmente à ONU por se sentirem frustrados com a falta de avanço no processo de paz mediado pelos EUA.

Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse que Washington continua tentando promover uma retomada das negociações entre palestinos e israelenses.

As reuniões iniciais da comissão são realizadas por diplomatas de menor escalão, e não pelos embaixadores. Alguns diplomatas sugeriram que o assunto pode passar semanas ou meses nesse comitê, antes de chegar à votação no plenário do Conselho. Mas o chefe da representação palestina na entidade, Riyad Mansour, disse estar otimista com a rápida aprovação do pedido nessa instância.

Vários diplomatas disseram que a aprovação nesse comitê exige apenas a maioria simples, e que nenhum país tem poder de veto --ao contrário do que ocorre no plenário, onde os EUA já disseram que vão vetar a candidatura palestina.

Dessa forma, os palestinos precisariam de apenas oito votos. Segundo diplomatas, seis já estão assegurados: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e Líbano.

Bósnia, Gabão e Nigéria permanecem indecisos, e têm sofrido muito pressão de palestinos, israelenses e norte-americanos. Na semana passada, a Autoridade Palestina disse que em breve enviará delegações de alto nível a esses três países.

Os EUA estão muito interessados em que a proposta palestina não receba os oito votos na comissão, pois isso pouparia Washington do desgaste político de usar o seu poder de veto no plenário do Conselho.

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