A alta-comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, elogiou na quinta-feira a entrada dos Estados Unidos no Conselho de Direitos Humanos da entidade, e pediu ao país que puna pessoas acusadas de torturas e outros abusos.
Pillay defendeu que Washington investigue a transferência secreta de suspeitos de terrorismo feitas pelos EUA, e garanta que interrogadores responsáveis por maus tratos a presos sejam julgados por violar leis internacionais.
O apelo, feito em artigo no jornal International Herald Tribune, ocorre um dia depois de o presidente Barack Obama dizer que é contra a divulgação de fotos mostrando abusos contra presos, já que isso poderia gerar retaliações contra militares norte-americanos no exterior.
Os EUA foram eleitos na terça-feira para o Conselho de Direitos Humanos, o que Pillay disse que será bom para a imagem do país.
"Embora seja preciso fazer muito mais, a determinação do presidente Obama em resolver a insustentável situação dos detentos na baía de Guantánamo, proibir as prisões da CIA e implementar a proibição da tortura ... é altamente bem-vinda", escreveu ela.
"Os EUA deveriam também iluminar áreas obscuras que cercam a captura, métodos de interrogatório, entrega e condições de detenção dos acusados que tenham se envolvido com o terrorismo, e garantir que os perpetradores de tortura e abuso sejam responsabilizados."
Investigadores da ONU estão analisando desde março a prática do governo George W. Bush de transferir presos para prisões secretas fora dos EUA, além do uso da tortura em prisões secretas de qualquer lugar do mundo.
O resultado da investigação, feita por especialistas independentes, será entregue ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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