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Ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center em 2001 | Reuters
Ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center em 2001| Foto: Reuters

Os ataques de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington criaram uma comunidade de inteligência nos EUA tão grande e pesada que a estrutura se tornou difícil de administrar e ineficaz, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (19) pelo jornal "Washington Post". Uma investigação de dois anos conduzida pelo jornal mostrou que ninguém sabe qual é o custo dessa estrutura mastodôntica.

A reportagem deixou a comunidade da inteligência americana em polvorosa, já que ela poderia revelar informações secretas sobre parceiros e planos.

De acordo com a investigação feita pelo "Post", "depois de nove anos de gastos e crescimento sem precedentes, o resultado é que o sistema posto em prática para manter os EUA seguros é tão pesado que a sua eficiência é impossível de ser determinada".

O diário da capital americana concluiu que "33 complexos para o trabalho de alta inteligência estão em construção ou já foram erguidos desde o 11 de Setembro", o que equivale aproximadamente a três Pentágonos.

"Cerca de 1.271 organizações do governo e 1.931 companhias privadas trabalham em programas de contraterrorismo, segurança interna e inteligência em aproximadamente 10 mil locais em todos os EUA", afirmou o jornal. Além disso, estima-se que 854 mil pessoas lidam com informações altamente secretas.

"Bem, nós sabemos que a comunidade da inteligência cresceu significativa e rapidamente depois do 11/9. Umas partes são ineficientes. Mas estamos cuidando das nossas deficiências. E, lembre-se, conseguimos prevenir ataques", disse à CNN uma autoridade de alto escalão do governo americano.

A publicação diz que o crescimento da indústria de inteligência, com bilhões de dólares injetados em empresas privadas e agências governamentais, resultou em um sistema que carece de supervisão e tem um alto grau de desperdício. Relatórios produzidos por várias agências costumam ser ignorados pelo governo, segundo o "Post".

Representantes do governo ouvidos pelo jornal admitiram falhas, mas questionaram as conclusões do jornal.

"A reportagem não reflete a comunidade de inteligência que conhecemos", disse o diretor nacional de Inteligência interino, David Gompert.

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