Participantes do encontro seguram uma bandeira francesa. | Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

No último dia de luto oficial pelos atentados ocorridos em Paris de sexta-feira (13), a comunidade francófona de Curitiba realizou um encontro na sede da Aliança Francesa do Alto da XV em homenagem às vítimas dos atos terroristas.

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O tributo desta terça-feira (17), que contou com a apresentação dos hinos da França e do Brasil pela banda da Polícia Militar do Paraná, foi organizado pela Aliança, pelo Consulado da França em Curitiba e pela Câmara de Comércio França-Brasil.

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Para Anne-Marie Ballande-Romanelli, conselheira consular eleita para representar os mais de 10 mil franceses de São Paulo e do Sul do Brasil, os franceses se sentiram tristes e desrespeitados com os últimos atentados. “Tristes, mas sem sentimento de vingança. Foi mais como um golpe que dói e é sentido. Mas a França é forte. Já vivemos coisas piores. E vamos superar”, defende.

Uma das 70 pessoas presentes no evento foi o militar aposentado da força aérea francesa Henri Gallet, 81 anos, que tem toda sua família vivendo em Paris atualmente. “Uma das minhas netas estava em um teatro próximo ao Bataclan”, conta emocionado o veterano de guerra que lutou em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial e em outros conflitos na Argélia e no Iraque.

“Espero que minhas netas tenham a mesma sorte de sempre passar ao lado das explosões, como eu”, confidencia Gallet.

No dia dos atentados, o diretor da Aliança Francesa, Bertrand Lacour, que está há apenas dois meses no Brasil, ficou atônito ao assistir as cenas pela televisão. “Foi estranho ver lugares do meu cotidiano, que eu frequentava, transformados em cenas de guerra. Passei o fim de semana me assegurando que meus amigos estavam todos bens”, conta.

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Em seu discurso, a consulesa francesa em Curitiba, Emilie Dely, ressaltou que agora é momento de se recolher para pensar no que aconteceu e de se reunir para refletir sobre os ideias de liberdade e democracia. “É isso que estamos fazemos aqui. Não podemos fazer o que os selvagens querem”, destaca.