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sexta-feira 13

Terroristas planejavam ataque em mais um ponto de Paris, diz polícia

Marcas dos tiros em um dos restaurantes atacados pelos terroristas do Estado Islâmico nas ações de sexta-feira (13) em Paris | Foto: Elizabeth Koechlin Bertrand/Fotos Públicas
Marcas dos tiros em um dos restaurantes atacados pelos terroristas do Estado Islâmico nas ações de sexta-feira (13) em Paris (Foto: Foto: Elizabeth Koechlin Bertrand/Fotos Públicas)

A polícia francesa acredita que os terroristas que atacaram Paris na última sexta-feira tinham mais um alvo na mira. Nos vídeos em que reivindicam a autoria do atentado, os jihadistas mencionam o 18º arrondissement (distrito), ao norte da capital francesa. A ação, no entanto, ocorreu nos arrondissements 10 e 11, bem como no Stade de France.

Nesta terça-feira (17), a polícia encontrou um veículo abandonado na região (um Clio preto) que teria sido alugado por Salah Abdeslam, atualmente o homem mais procurado da Europa e um dos envolvidos na ação. O achado reforça a tese de que haveria um ataque adicional, possivelmente aumento o número de vítimas.

O 18º arrondissement é um dos distritos mais turísticos da capital francesa, onde há pontos como a Basílica de Sacre Coeur, o Montmartre e o cabaré Le Moulin Rouge.

As ações terroristas em Paris deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos.

Irmão pede que terrorista se entregue

O terceiro irmão de dois terroristas envolvidos nos ataques de Paris pediu nesta terça-feira que um deles, Salah Abdeslam, procurado pela polícia, se entregue para as autoridades.

“Nós somos sua família, estamos pensando nele e nos perguntando onde ele está, se está com medo, comendo”, disse Mohamed Abdeslam à BMTV. “A melhor coisa é que ele se entregue para que as autoridades descubram exatamente o que ocorreu”, disse.

Navio russo coopera com França

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (17) que ordenou que o cruzador de mísseis Moskva, atualmente no Mediterrâneo, comece a cooperar com o Exército francês nas operações na Síria.

A declaração de Putin foi feita enquanto o ministro de Defesa russo, Serguei Shoigu, afirmou que aviões de guerra do país dispararam mísseis de cruzeiro em posições militantes nas províncias sírias de Idlib e Aleppo.

A facção extremista Estado Islâmico (EI) tem posições na província de Aleppo, enquanto em Idlib há a presença do grupo militante Al-Nusra, vinculado à Al-Qaeda.

Horas antes do anúncio, a Rússia reconheceu que uma bomba terrorista foi responsável pela queda, em 31 de outubro, de um avião russo com 224 pessoas a bordo. O EI disse ser responsável pela queda da aeronave.

A queda do avião e os ataques em Paris claramente aumentaram a determinação russa para combater o EI, embora continuem as preocupações no Ocidente de que os ataques aéreos de Moscou também têm como alvo rebeldes que se opõem ao ditador Bashar al-Assad e que não são afiliados a grupos radicais.

Putin afirmou que uma força-tarefa de um porta-aviões abordará em breve o Moskva e que o cruzador “cooperará com eles e com aliados”.

Shoigu também afirmou que bombardeiros russos atingiram posições do EI em Raqqa e Der-ez-Zor.

O presidente francês, François Hollande, viajará para Washington e Moscow no fim deste mês para discutir formas de aumentar a cooperação internacional para esmagar o EI e pôr um fim na crise síria.

De acordo com um comunicado do gabinete presidencial, Hollande se reunirá com o Barack Obama em 24 de novembro e com Putin em 26 de novembro.

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