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Atemorizada pelas constantes réplicas do devastador terremoto do último sábado e pela onda de vandalismo que ele disparou, a segunda maior metrópole chilena se habitua a uma rotina de cidade sitiada.

Em Concepción (212 mil habitantes), a população tem apenas seis horas para sair às ruas – das 18 h ao meio-dia vigora o toque de recolher, cuja obediência é monitorada por um ostensivo contingente militar. Os homens do Exército e suas intimidadoras ar­­mas estão nos cruzamentos – cujos semáforos se­­guem apagados, pela falta de energia – e na entrada dos poucos endereços comerciais que voltaram a abrir as portas, salvos dos episódios de saques e depredação que eclodiram no sábado passado.

Tranquilidade

"Agora, com a presença dos militares, estou mais tranquila para sair", diz Priscila Pino, que espera a entrega do leite de Vicente, seu filho de 10 meses, na porta do centro de saúde Dr. Victor Manuel Fernández. Vicente tinha consulta de rotina com o pediatra marcada para hoje. "Mas eles não abriram o hospital, por causa das réplicas (do terremoto) e por me­­do de que saqueiem os remédios", diz Priscila.

Pela grade do hospital, uma funcionária entrega a Priscila a cota de leite do bebê e a cartela de anticoncepcionais a que a mãe tem direito. "Para que não venha outro (filho) antes da hora", diz Priscila.

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