Criado na década de 1960, o desenho animado Os Jetsons vislumbrava um futuro em que robôs seriam parte do cotidiano, prestando serviços e ajudando em tarefas domésticas. Se essa ainda não é uma realidade, pode estar mais próxima, como mostra uma conferência que acontece em Madri, na Espanha. A Conferência Internacional sobre Robôs Humanoides reúne 400 pesquisadores e várias máquinas exibindo semelhanças com as pessoas.
Intitulado Humanoids 2014, o evento apresenta inovações principalmente na área industrial. Um dos robôs, desenvolvido pelo Centro Nacional de Engenharia Robótica de Estados Unidos, é capaz de levantar 150 quilos, conduzir um veículo ou fazer qualquer tarefa com "a força de quatro homens". Outro modelo, criado pelo Instituto Italiano de Tecnologia, é capaz de manipular objetos e demonstrar emoções por meio de feições delineadas com luzes led.
Apesar dos avanços, ainda deve demorar para, a exemplo da família Jetson, ter um robô como empregado doméstico. "Creio que teremos de esperar uns 20 anos. Por enquanto, o que podemos vislumbrar, tanto por custos como por tecnologia, são robôs para interagir com pessoas em grandes espaços como museus ou exposições", afirma Will Jackson, diretor da empresa britânica Engineered Arts Limited, em entrevista ao jornal El País.