O conflito armado na Ucrânia causou a morte de 4.317 pessoas e deixou 9.921 feridos, segundo um novo relatório da missão de direitos humanos da ONU apresentado nesta quinta-feira (20) em Genebra.

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Apesar do acordo de cessar-fogo entre o governo e os líderes dos grupos separatistas, alcançado em 5 de setembro, treze pessoas morrem diariamente desde então como consequência das hostilidades no leste do país.

A ONU denunciou que desde a assinatura do acordo 957 pessoas foram assassinadas ou feridas no país em função dos confrontos. O número de deslocados internos disparou desde meados de setembro e agora supera 466 mil pessoas, ante as 275 mil que as autoridades ucranianas tinham registrado há apenas dois meses.

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Por outro lado, o relatório também aponta que os grupos separatistas da Ucrânia estão cometendo graves violações dos direitos humanos nos territórios que controlam, e que a "natureza sistemática e generalizada" de tais abusos os equiparam a crimes contra a Humanidade. Esses atos incluem "torturas, detenções arbitrárias, desaparições forçadas, execuções sumárias, trabalho forçado e violência sexual, assim como a destruição e ocupação ilegal da propriedade", enumerou a missão da ONU na Ucrânia.

"São situações que foram vistas e seguem sendo vistas por nossos colegas no terreno", explicou o diretor para as Américas, Europa e Ásia Central do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, Gianni Magazzeni.

A ONU também afirmou que recebeu "informações críveis" procedentes de diversas fontes que indicam que "centenas de pessoas com uniformes militares" cruzaram dois postos na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia "nas duas direções".

Entre as testemunhas dos movimentos estão os observadores enviados pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). "A contínua presença de uma grande quantidade de armamento sofisticado, assim como de combatentes estrangeiros, incluídos soldados da Rússia, afeta diretamente a situação de direitos humanos na Ucrânia", afirmou o quinto relatório sobre os direitos humanos na Ucrânia desde o início do conflito, em abril.

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