O vice-primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Andrei Purguin, disse nesta terça-feira (28) que cerca de 4 mil pessoas, a maioria civis, morreram na região oeste da Ucrânia desde a explosão do conflito armado.
"Temos já cerca de 4 mil mortos. Três quartos disso são civis", disse Purguin à agência russa "Interfax".
Os números não incluem as baixas entre os soldados das forças armadas ucranianas. Segundo o dirigente separatista, as tropas de Kiev continuam atacando, com foguetes e artilharia pesada, a cidade de Donetsk, principal reduto do grupo pró-Rússia.
"É a razão pela qual nestes ataques morrem principalmente civis", indicou.
Purgin ressaltou que se houver vontade política de ambas as partes, em dois ou três dias podem ser traçadas linhas de separação das forças, o que permitiria afastar o armamento pesado e eliminar os lugares em disputa que não permitem pôr fim às ações militares.
A separação de forças e a criação de uma zona livre de armamento pesado são dois dos pontos dos acordos feitos em 19 de setembro em Minsk.
O vice-primeiro-ministro pró-Rússia destacou que as eleições legislativas e do chefe da RPD, que serão realizadas no próximo domingo, ajudarão a diminuir a tensão na zona do conflito. A ocorrência do pleito também estava prevista no tratado de Misk.
A Rússia já declarou que reconhecerá as eleições das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk como uma manifestação da vontade popular.
Purguin disse que a RPD está disposta a negociar com as autoridades de Kiev todos assuntos, com exceção da união política.
"Nossa postura não mudou. Como antes, nos vemos como um estado independente, mas isso não exclui a possibilidade de diálogo sobre os mais diversos temas, incluídos os econômicos, com os vizinhos ucranianos", disse.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia