Tropas israelenses feriram sete estudantes palestinos durante um confronto na Cisjordânia ontem, informaram fontes palestinas. Devido ao aumento da tensão, a polícia de Israel decidiu manter o estado de alerta na parte oriental anexada de Jerusalém e o Exército declarou "zona militar fechada" os povoados palestinos de Bilin e Nilin.
A tensão entre palestinos e israelenses que ocupam a Cisjordânia desde 1967 se acirrou nas últimas semanas, depois da decisão do governo israelense de incluir locais religiosos da Cisjordânia no plano nacional de patrimônio judaico.
O anúncio feito na semana passada da aprovação da construção de mais 1,6 mil casas em Ramat Shlomo, na Jerusalém Oriental, também contribuiu para aumentar a hostilidade. A anexação do território nunca foi reconhecida pela comunidade internacional, e a cidade é pleiteada pelos palestinos como capital de um futuro Estado. Além disso, o Exército israelense prolongou até a meia-noite de hoje o cerco total da Cisjordânia, imposto na última sexta-feira.
Relação com EUA
O embaixador israelense em Washington, Michael Oren, chegou a afirmar ontem que a relação entre Israel e EUA vive uma "crise de proporções históricas" por causa da ampliação de assentamentos judaicos, deixando as relações bilaterais no seu pior momento em 35 anos.
"As relações entre Israel e Estados Unidos passam pela crise mais grave desde 1975", teria declarado o diplomata israelense, segundo os jornais Yedioth Ahronoth e Haaretz.
A referência de Oren a 1975 faz alusão à pressão dos EUA naquela época para que Israel retirasse suas tropas da península do Sinai, região egípcia ocupada por Israel entre 1967 e 1982.
Na visita de Lula ao Parlamento, o premiê de Israel confirmou que "a construção continuará em Jerusalém Oriental".
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