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Integrantes do grupo Jung Ansar Allah reforçam segurança do líder Abdel-Latif Moussa (2º esq.) após Hamas ameaçá-lo | Ibraheem Abu Mustafa / Reuters
Integrantes do grupo Jung Ansar Allah reforçam segurança do líder Abdel-Latif Moussa (2º esq.) após Hamas ameaçá-lo| Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

Radicais islâmicos inspirados na rede terrorista Al-Qaeda travaram combates nesta sexta-feira (14) contra a segurança do grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, em tiroteios que deixaram pelo menos 13 pessoas mortas.

A luta começou quando forças do Hamas cercaram uma mesquita na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde cerca de 100 integrantes da organização Jund Ansar Allah, ou Soldados dos Parceiros de Deus, estavam entrincheirados, incluídos combatentes com fuzis e homens-bomba com cinturões recheados de explosivos, informaram moradores da área.

Segundo funcionários do serviço de saúde da Faixa de Gaza, pelo menos treze pessoas foram mortas nos tiroteios, incluído um importante oficial do Hamas e uma menina de 11 anos. Mais de 100 pessoas estão feridas, eles informaram.

O porta-voz do governo do Hamas, Taher Nunu, disse que a liderança do grupo está engajada numa operação contra "foras da lei" e fez um apelo para que a Jund Ansar Allah se renda.

"Se o Hamas fizer isso (entrar na mesquita), será o fim do grupo" ameaçou mais cedo o líder do Jund Ansar Allah, Abdel-Latif Moussa, que alertou antes dos combates o Hamas a não ameaçar o templo. Logo depois, começou um tiroteio entre os militantes dentro da mesquita e as forças do Hamas. Tropas do Hamas então invadiram o prédio. Na noite da sexta-feira, uma grande explosão foi escutada na casa de Moussa, disseram testemunhas e funcionários do governo da Faixa de Gaza. O Hamas fechou a área e ambulâncias não podiam se aproximar das áreas de combates.

O confronto começou quando o líder do Jund Ansar Allah desafiou os líderes do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza, ao declarar no sermão desta sexta-feira, dia de descanso no Islã, que a Faixa de Gaza era um emirado islâmico.

O Jund Ansar Allah e um número de pequenos grupos muito radicais pretendem que o território da Faixa de Gaza adote uma versão ainda mais restrita da lei islâmica e têm criticado o Hamas por não fazer isso. Os grupos também estão indignados com o Hamas porque o grupo respeitou o cessar-fogo com Israel pelos últimos sete meses.

O Hamas tem dito que tenta dar um exemplo e não impor sua visão sobre os outros. O grupo palestino também tem afirmado que sua luta violenta é contra o Estado de Israel e não contra o Ocidente. Já os grupos mais radicais pedem uma jihad (guerra santa) mundial.

Os grupos da linha-dura são talvez a oposição mais ferrenha que o Hamas encontra na Faixa de Gaza desde que tomou o controle do território dos seus rivais do Fatah, em uma sangrenta guerra civil palestina de cinco dias em junho de 2007.

As informações são da Associated Press.

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