Dez pessoas morreram nos confrontos entre polícia, milicianos islâmicos e manifestantes oposicionistas no Irã no sábado, informou neste domingo (21) a TV estatal iraniana.
Os protestos contra a reeleição do presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad entraram a madrugada.
Os policiais usaram cassetetes, munição, gás e canhões de água, segundo testemunhas.
A imprensa internacional está proibida de acompanhar os protestos, e as únicas imagens chegam pela internet, postadas por militantes da oposição. Confrontos durante a semana já haviam matado pelo menos mais 8 pessoas, mas o número pode ser maior, segundo ONGs.
O chefe da polícia iraniana, Ismail Ahmadi Moghadam, advertiu à oposição que as Forças de Segurança reprimirão "com decisão" qualquer tipo de protesto nas ruas. Em carta enviada ao líder opositor Mir Houssein Moussavi, o comissário diz que as ações deste tipo são "completamente ilegais".
Segundo relatos, quando a noite caiu, milhares de pessoas foram para os telhados para gritar "Allahu Akbar" ("Deus é grande"), uma repetição do que aconteceu em 1979, durante a revolução islâmica.
Prisões
Faezeh Rafsanjani, filha do ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani, foi presa durante os protestos de sábado em Teerã, segundo a agência estatal iraniana Fars.
Segundo a agência, ela foi presa para ter sua segurança preservada e teria sido solta ao fim das manifestações.
A polícia iraniana também anunciou a dentenção de vários membros do grupo opositor ilegal "Mujahedin Khalq" (Combatentes do Povo), acusados de causar distúrbios durante os últimos dias de protestos eleitorais no país.
A televisão estatal informou que os membros do citado grupo, considerado terrorista pelo Irã, tinham entrado no país através do Iraque, onde tiveram treinamento terrorista.
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