Militantes palestinos da Faixa de Gaza dispararam foguetes contra Israel na quarta-feira, em vingança pela morte de três companheiros, reduzindo as chances de uma nova trégua na região.

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O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que a maioria dos foguetes caiu em terrenos abertos, mas que um deles atingiu uma casa em Ashkelon, ao norte da Faixa de Gaza. Não há notícias de vítimas.

Na terça-feira, soldados israelenses mataram três militantes do grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Os militantes reagiram disparando pelo menos sete foguetes e dez morteiros, segundo o Exército israelense. Tais ataques levaram Israel a suspender sua autorização para a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

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"À luz do prolongado disparo de foguetes, os acessos fronteiriços permanecerão fechados", disse Peter Lerner, funcionário do ministério israelense da Defesa, acrescentando que não há prazo para a reabertura.

Os grupos Hamas e Jihad Islâmica assumiram a responsabilidade pelos disparos, afirmando se tratar de uma retaliação pelas mortes da véspera.

O Exército disse que os militantes foram mortos quanto tentavam colocar explosivos na cerca fronteiriça. Eles teriam sido abatidos por disparos de soldados que entraram no território de Gaza.

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, cujo país mediou a trégua de seis meses que expirou na sexta-feira, deve discutir futuras iniciativas a chanceler de Israel, Tzipi Livni, numa reunião na quinta-feira no Cairo.

Israel e o Hamas demonstram interesse em renovar a trégua, mas pleiteiam novos termos. Ambos se culpam mutuamente pelo colapso da trégua, em novembro. O Hamas diz que Israel não cumpriu sua promessa de atenuar as restrições à Faixa de Gaza, inclusive à entrada de alimentos e remédios.

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Já Israel exige que os militantes parem de disparar foguetes. A imprensa local disse na quarta-feira que o Estado judeu também pretende vincular uma futura trégua ao destino de um soldado israelense mantido como refém pelo Hamas em Gaza desde junho de 2006. O grupo islâmico quer a libertação de centenas de presos em Israel em troca da libertação do cabo Gilad Shalit.

O governo autorizou os militares a realizarem ações mais ofensivas na Faixa de Gaza contra os foguetes, uma tática que em ocasiões anteriores não deu certo. Porém, a poucas semanas da eleição geral de 10 de fevereiro, os líderes israelenses estariam relutantes em aprovar uma operação mais ampla, que certamente resultaria em baixas para ambos os lados.