Republicanos e democratas atacaram ontem alguns dos principais pontos do plano apresentado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, de enviar mais 30 mil soldados para a guerra do Afeganistão e definir um prazo de dois anos para o início da retirada do país.
O secretário de Defesa, Robert Gates, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o chefe do Estado-Maior conjunto, o almirante Mike Mullen, defenderam o plano no Senado e também na Comissão de Assuntos Externos na Câmara dos Representantes.
Coube ao senador republicano John McCain, ex-rival de Obama nas eleições, elogiar a decisão de aumentar o número de soldados envolvidos no conflito. Mas ele criticou o prazo de 2011 como início de retirada das tropas disse que se tratava de algo "logicamente incoerente", já que os enviados só chegarão ao país em 2010.
Pressionados, os governistas cerraram fileiras em defesa do plano. Afirmaram que no final de 2010 será feita uma avaliação para então verificar se será possível iniciar o processo de retirada em 2011. Hillary ainda reiterou que não se trata de uma data fechada, mas um sinal claro para a população que o país não está interessado em ocupar o Afeganistão, governar o país ou construir uma nação.
Democratas
Apesar do tom mais contundente das críticas entre os republicanos, os democratas também deram sinais de insatisfação com o plano. O senador democrata Russell Feingold, do Wisconsin, disse claramente que avalia o envio de mais tropas como um erro. Nancy Pelosi, líder dos democratas na Câmara, disse que o povo norte-americano e o Congresso terão uma oportunidade de examinar inteiramente a estratégia. Há resistência ainda quanto à capacidade do governo afegão de se mostrar um parceiro confiável, por conta da corrupção.
Outros membros do governo, como o vice-presidente Joe Biden, também fizeram declarações públicas de apoio ao plano de Obama. Ele era tido como um crítico ao envio de mais tropas.
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