O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou uma resolução estabelecendo uma investigação internacional independente sobre a ação em que Israel interceptou uma flotilha humanitária que seguia para a Faixa de Gaza. A resolução condenou o "ataque ultrajante" de Israel e foi adotada após 32 países votarem a favor e três contra. Oito se abstiveram. O incidente, ocorrido na segunda-feira, terminou com nove ativistas mortos.
A resolução prevê que uma comissão independente apure os fatos envolvendo a ação israelense. Os membros desse grupo ainda serão apontados pela liderança desse conselho. A ação israelense provocou críticas internacionais. A Liga Árabe e a Organização da Conferência Islâmica haviam solicitado uma sessão especial no Conselho de Direitos Humanos da ONU para discutir o tema. Os Estados Unidos se declararam "bastante perturbados" pela violência no caso, mas se opuseram à resolução. A Holanda também votou contra.
O embaixador israelense no conselho, Aharon Leshno Yaar, disse antes da votação que os ativistas não tiveram uma atuação pacífica nesse caso. Ele afirmou que foram usados coquetéis molotov e barras de ferro contra os soldados israelenses. Yaar também relatou que foi encontrado muito dinheiro a bordo das embarcações, que, segundo ele, seria transferido para o Hamas.
Bloqueio à faixa de Gaza
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, exigiu nesta quarta-feira que Israel suspenda o cerco à Faixa de Gaza imediatamente
Falando após voltar de uma viagem ao Brasil, Malawi e Uganda, Ban disse que o problema fundamental que está subjacente ao ataque feito por Israel na segunda-feira é o longo e prejudicial cerco israelense à Faixa de Gaza, o qual ele descreveu como "contraproducente, insustentável e errado".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu o cerco israelense à Faixa de Gaza nesta quarta-feira, dizendo que o bloqueio evita possíveis ataques de mísseis contra Tel-Aviv e Jerusalém.
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