Uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) foi aberta nesta manhã para debater a questão da Líbia. A expectativa é a de que os 47 membros do Conselho peçam que o país norte-africano seja suspenso do grupo em razão da violência usada para combater os manifestantes contrários ao regime de Muamar Kadafi.
Está em debate na reunião uma resolução recomendando que a Assembleia Geral da ONU, "tendo em vista as brutas e sistemáticas violações dos direitos humanos pelas autoridades da Líbia", suspenda o país do Conselho de Direitos Humanos, do qual faz parte, segundo um rascunho da resolução.
O Conselho também pretende "urgentemente despachar uma comissão de inquérito internacional independente (...) para investigar todas as supostas violações de direitos humanos internacionais na Líbia relacionadas com os protestos atuais no país".
Mais de 50 países membros da ONU assinaram o pedido pela sessão especial do Conselho de Direitos Humanos hoje, depois que o regime de Muamar Kadafi tentou conter os manifestantes por meio de bombardeios aéreos e disparos contra civis.
O texto da resolução será discutido na sessão especial, mas alguns observadores acreditam que ele deve mudar pouco. A expectativa é a de que o texto seja adotado pela Assembleia Geral, já que a Arábia Saudita e países africanos - que frequentemente rejeitam ações contra países da região - dificilmente vão bloquear a resolução.
A Líbia foi eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU em maio do ano passado, ao obter 155 votos em uma eleição secreta dos 192 membros da Assembleia Geral da organização. O país pode ser suspenso do Conselho se dois terços dos membros reunidos na Assembleia Geral aprovarem o movimento. As informações são da Dow Jones.
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