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Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, faz seu discurso na assembleia da ONU | REUTERS/Mike Segar
Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, faz seu discurso na assembleia da ONU| Foto: REUTERS/Mike Segar

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá em 26 de setembro para que seus 15 membros analisem formalmente a solicitação formal de adesão da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas.

O presidente rotativo do Conselho, o embaixador libanês Nawaf Salam, fez o anúncio poucas horas depois de a solicitação ter sido enviada a ele pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Salam disse, durante um breve encontro com a imprensa, que tinha transmitido o pedido oficial de Abbas aos demais membros do principal órgão de decisões das Nações Unidas e que os havia convocado para uma reunião na próxima segunda-feira.

Nesse dia, o Conselho, integrado por cinco membros permanentes e com direito de veto (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) e outros dez temporários revisarão a solicitação palestina, mas isso não significa que votem no mesmo dia.

Fontes diplomáticas informaram que dessa maneira se abre um processo que poderia levar várias semanas até que se chegue a uma votação, na qual o sinal verde ao pedido de Abbas só aconteceria com uma maioria de nove votos e nenhum veto.

Os EUA já anunciaram que vetará a proposta, mesmo que isso represente um duro revés à sua política externa e concretamente à suas relações com os países árabes e à sua imagem no Oriente Médio, que o presidente Barack Obama tentou melhorar nos últimos anos.

Obama considera que "não há atalhos" para conseguir a estabilidade e que esta só pode ser alcançada mediante negociações diretas que propiciem um acordo para a coexistência pacífica e segura dos estados.

Os atuais membros temporários do Conselho são Brasil, Líbano, Bósnia-Herzegoviana, Gabão, Nigéria, Colômbia, Alemanha, Índia, Portugal e África do Sul.

Até o momento 122 países já anunciaram o reconhecimento do Estado da Palestina, entre eles alguns membros permanentes do Conselho de Segurança, como China e Rússia, e também dos temporários, como Brasil, Índia, Líbano e África do Sul.

Ainda não se sabe como votarão França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Nigéria, Gabão e Colômbia.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, considerou nesta semana que seu país reconhece o direito da Palestina a ser um Estado, mas como produto do diálogo com Israel, para que possam conviver em paz.

Pedido

O presidente da Autoridade Nacional Palestina,Mahmoud Abbas, entregou ao secretário-geral, uma petição para reconhecimento da ONU de um Estado palestino.

Manifestantes palestinos enfrentaram soldados israelenses nesta sexta-feira em diferentes pontos da Cisjordânia, horas antes do discurso de Mahmoud Abbas.

Cerca de 120 manifestantes, segundo a edição eletrônica do jornal "Yedioth Ahronoth", se concentraram próximo em uma área a oeste de Ramala e atiraram pedras contra as forças militares israelenses.Pouco antes, a polícia de fronteiras israelense deteve três palestinos em uma estrada de Jerusalém Oriental por atirarem pedras contra veículos israelenses, e outros dois na Cidade Antiga por desordens na entrada da Esplanada das Mesquitas.

As autoridades de Israel estão em estado de alerta máximo nesta sexta-feira por temer uma onda de distúrbios pelo discurso de Abbas na ONU, e prepararam um dispositivo de segurança de mais de 9 mil agentes.

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