O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta sexta-feira a declaração do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendendo que Israel fosse "varrido do mapa", e disse que nenhum país-membro das Nações Unidas deveria ameaçar ou agredir outro país.
Mas a condenação, aprovada pelos 15 integrantes do Conselho, estava contida em um comunicado aos meios de comunicação. Ela não foi adotada em uma reunião formal do órgão, o que lhe daria mais peso. A Argélia, único país árabe do Conselho, não concordou com a realização da sessão.
- Os membros do Conselho de Segurança condenam as declarações sobre Israel atribuídas ao senhor Mahmoud Ahmadinejad, presidente da República Islâmica do Irã - disse Mihnea Motoc, embaixador da Romênia junto à ONU e atual presidente do órgão.
- Os membros do Conselho de Segurança endossam o comunicado feito pelo secretário-geral no dia 17 de outubro, observando que, segundo a Carta das Nações Unidas, todos os membros aceitaram abrir mão de ameaças ou do uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer país.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, condenou o Irã.
O embaixador de Israel junto à ONU, Dan Gillerman, que pediu ao Conselho de Segurança que se manifestasse a respeito do episódio, disse estar "muito satisfeito" por ter ouvido "uma condenação bastante clara" do órgão.
Ahmadinejad disse a estudantes em Teerã, na quarta-feira, que os países islâmicos "não deixarão seu inimigo histórico viver em sua terra". E acrescentou: "Israel precisa ser varrido do mapa."
Na sexta-feira, depois de protestos da União Européia (UE), da Rússia, dos EUA, do Canadá, do Vaticano e de outros países, Ahmadinejad repetiu suas declarações.
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