Veja que explosão no subsolo foi quatro vezes maior que o primeiro teste
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou nesta segunda-feira (25) a violação de suas resoluções com o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, informou o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Tchourkine, que preside o organismo.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a comunidade internacional deve empreender ações contra a Coreia do Norte, no dia em que o regime norte-coreano anunciou seu segundo teste nuclear em quatro anos.
Obama, em pronunciamento lido na Casa Branca, disse que a atitude do regime de Pyongyang foi "irresponsável" e uma "violação do direito internacional".
O anúncio da Coreia do Norte sobre o teste gerou uma onda de protestos pelo mundo. Até mesmo a China, tradicional aliada norte-coreano, expressou sua "firme oposição" ao teste nuclear subterrâneo. Pequim pediu à Coreia do Norte que "não envenene" a situação regional.
Explosão mais forte
Pyongyang confirmou ter realizado "com sucesso" seu segundo teste nuclear, segundo a agência estatal norte-coreana "KCNA". O país comunista também informou que a explosão foi ainda mais forte - em poder e tecnologia - que a realizada em 2006.
O governo norte-coreano afirmou que o teste foi "seguro", sem vazamento de material radioativo.
"Como tinham solicitado nossos cientistas e técnicos, nossa república levou a cabo com sucesso outro teste nuclear subterrâneo neste 25 de maio, como parte das medidas para fortalecer o poder nuclear em defesa própria", disse a KCNA, sem fornecer detalhes sobre a região afetada pela prova.
Baek Seung Joo, especialista do Instituto de Análise de Defesa Coreano de Seul, afirmou à France Presse que a potência desta explosão é comparável a das bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.
O ensaio ocorreu a menos de 2 quilômetros do local do primeiro teste norte-coreano, em outubro de 2006, segundo a Comissão Preparatória da Organização para a Proibição de Testes Nucleares.
Naquela ocasião, um teste semelhante desencadeou uma série de sanções internacionais ao país.
A Coreia do Sul também confirmou que o país vizinho disparou mísseis de curto alcance (131 km), informação não confimada pelo governo norte-coreano. Em março, o país já havia provocado temor ao testar mísseis de longo alcance.
Reação
O novo teste já provocou reações diplomáticas imediatas dos governos da Coreia do Sul e do Japão.
O premiê japonês, Taro Aso, disse que o teste "viola claramente" as resoluções do Conselho de Segurança (CS) da ONU, entre elas a aprovada após o primeiro teste atômico de 2006. Aso disse que Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos buscarão dar uma resposta coordenada ao ato.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se declarou na Dinamarca "profundamente preocupado" com o anúncio e afirmou que acompanha a situação de perto.
Terremoto Logo após o teste nuclear norte-coreano, sismógrafos de Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Rússia registraram ao menos um grande tremor de terra, que não causou vítimas nem provocou danos.
A Agência Meteorológica do Japão detectou ondas sísmicas procedentes da Coreia do Norte, pouco depois do teste, segundo um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.
A Agência sísmica da Coreia do Sul registrou um tremor de 4,5 graus de magnitude na escala Richter, poucos antes das 10h (22h de Brasília de domingo, 24). O porta-voz da Casa Presidencial sul-coreana, Lee Dong-Kwan, disse que às 9h54 seu governo detectou um "terremoto artificial" perto de Poongkye-Ri, na província Norte de Hamkyong.
O Instituto Geológico dos EUA confirmou que um terremoto de magnitude 4,7 sacudiu a Coreia do Norte, a 375 km a nordeste de Pyongyang, às 9h54 (21h54 de Brasília), a 10 km sob a superfície terrestre.
A estação sismológica Yuzhno-Sajalinsk, no extremo oriental da Rússia, registrou um terremoto de 4,7 graus às 11h54, a uma profundidade de 10 km, no território norte-coreano, devido "aparentemente" a uma explosão.
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