VIENA - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve discutir já na próxima semana o programa nuclear do Irã, afirmou um diplomata da União Européia nesta quarta-feira.

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Questionado se o conselho deverá começar a debater a questão nessa data, dado o impasse nos esforços diplomáticos para acabar com a suspeita das potências ocidentais de que a república islâmica esteja desenvolvendo armas nucleares em segredo, o diplomata respondeu:

- Isso mesmo.

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Segundo ele, o conselho deve trabalhar rápido para divulgar uma declaração pedindo que o Irã suspenda todas as atividades de enriquecimento de urânio e coopere totalmente com as investigações da ONU sobre seus objetivos atômicos.

Ele disse ainda que o envolvimento ativo do Conselho de Segurança é necessário e inevitável.

- Não há sinal de que os iranianos queiram entrar num acordo - afirmou.

A maior pressão vem do governo americano. Em documento enviado à Agência Internacional de Energia Atômica, os EUA disseram que o Conselho de Segurança deve exigir que o Irã suspenda brevemente sua pesquisa nuclear ou enfrente o risco de "conseqüências".

Sentindo-se encurralado, o governo iraniano reforçou a retórica da ameaça a Washington, dizendo que os EUA podem sentir "danos e dor" se o Conselho de Segurança discutir a questão e prometeu seguir com o programa custe o que custar. A Casa Branca qualificou de provocativas as declarações do Irã.

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"Os EUA podem ter o poder de causar danos e dor, mas é também suscetível a danos e dor. Então, se os EUA desejam escolher esse caminho, deixemos a bola rolar", afirmou em nota oficial a República Islâmica em meio a reunião da agência atômica da ONU em Viena.

- Deixamos muito claro que o Irã não deve ser autorizado a realizar qualquer enriquecimento e atividade de processamento dentro de seu próprio território - disse o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, em resposta às ameaças.