A Rússia recuou na terça-feira de uma proposta que, segundo diplomatas europeus, permitiria ao Irã realizar algumas pesquisas nucleares em troca de não enriquecer urânio em escala industrial durante um período de sete a nove anos. Moscou, de acordo com os diplomatas, abandonou a proposta informal devido à rejeição do Ocidente.
Os Estados Unidos e a União Européia querem que o Irã paralise todas as atividades de enriquecimento de urânio, por suspeitarem que isso leve o país a fabricar bombas atômicas.
Diplomatas da União Européia dizem que a idéia foi informalmente apresentada pelos russos na semana passada. A rejeição de Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha foi imediata quando a proposta foi divulgada, na terça-feira.
- Os russos exploraram a idéia junto a nós - disse um diplomata que pediu anonimato.
Segundo ele, o chanceler Sergei Lavrov percebeu que ospaíses da UE que negociam com o Irã, além dos EUA, "nao aceitariam os elementos da proposta, e por isso Lavrov decidiu nega-a, para salvar a cara."
Em Moscou, uma importante fonte do Kremlin disse que a Rúsia compartilha com o Ocidente o objetivo de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, mas reconheceu que pode haver abordagens diferentes para o problema.
- Há divergêrncias, mas o objetivo único: que o Irã seja um parceiro previsível e que não haja ameaça de proliferação de armas de destruição em massa - afirmou Sergei Prikhodko à agência de RIA Novosti.
O Irã também reagiu com frieza à oferta russa. Um diplomata disse que Teerã aceitaria no máximo dois anos de moratória na produção industrial de combustível nuclear, em troca de garantias de que poderia fazer pesquisas com centrífugas.
Embora Rússia e China não tenham interesse na posse de armas atômicas pelo Irã, os dois países querem proteger seus enormes interesses comerciais na República Islâmica e podem usar seu poder de veto no Conselho de Segurança para impedir sanções ao país.
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