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Os conservadores do Nova Democracia e a coalizão de esquerda Syriza são apontados como líderes em duas pesquisas sobre a intenção de voto nas eleições parlamentares da Grécia, divulgadas nesta sexta-feira (25). O resultado mostra a indefinição do quadro para o pleito de 17 de junho.

De acordo com o instituto VPRC, o Syriza lidera o levantamento, com 28,5% dos votos, contra 26% da Nova Democracia. O terceiro é o socialista Pasok, com 12,5%, seguidos pelos Gregos Independentes (7%), Esquerda Democrática (7%), o neonazista Aurora Dourada (5,5%) e os comunistas (3%).

Hoje, outro levantamento, do instituto RASS e do jornal local "Metro", mostra vantagem da Nova Democracia sobre o Syriza. Os conservadores lideram no estudo, com 23,6% dos votos, ante 21,4 da esquerda. O Pasok é terceiro, com 13,1%, e os outros partidos têm a mesma proporção da pesquisa do VPRC.

As enquetes mostram a indefinição sobre o partido vencedor nas eleições gregas, não dando prognóstico para a aprovação de um governo favorável ou contrário às medidas de austeridade impostas pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a concessão de um resgate de 130 bilhões de euros em fevereiro.

O partido vencedor ganhará uma bonificação de 50 cadeiras no Parlamento de 200 representantes, o que pode ser decisivo para a formação de um novo governo e a definição sobre o acordo com o bloco europeu.

Ontem, o instituto Public Issue divulgou outra pesquisa que mostra o Syriza como líder nas eleições, com 30% dos votos e vantagem de quatro pontos para o Nova Democracia.

O líder do Syriza, Alexis Tsipras, manifestou-se diversas vezes após a eleição que não aceitaria o acordo para terminar com a crise financeira na Grécia, que inclui medidas de austeridade e cortes em salários de funcionários e áreas do bem estar social, como a previdência e a educação.

ImpasseAs eleições criariam um impasse entre os membros da União Europeia e o governo grego, o que poderia levar o país a sair da zona do euro e do bloco, podendo ter efeitos indeterminados no mercado financeiro.

Na quarta-feira, os países membros da União Europeia concordaram que querem a Grécia na zona do euro, mas advertiram que Atenas deve cumprir seus compromissos com a Comissão Europeia e o FMI, determinados após a concessão de um resgate financeiro em fevereiro.

"Queremos a Grécia na zona do euro, mas deve respeitar seus compromissos. Apoiamos a Grécia, mas Atenas tem que cumprir", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Hernan Van Rompuy.

Os 27 membros declararam que a coalizão política eleita em 17 de junho deverá continuar com as medidas de austeridade e outros cortes de Orçamento, pois consideram a única forma de garantir um futuro próspero para a zona do euro.

A Grécia recebeu em fevereiro um resgate financeiro de 130 bilhões de euros dos parceiros da zona do euro e do FMI, mas concordou com a implantação de medidas de austeridade para receber o empréstimo. Com o dinheiro, Atenas pôde recuperar o sistema financeiro e garantir a troca dos títulos da dívida pública, evitando a moratória.

Apesar do apoio, a União Europeia revelou que possui um "plano de contingência" caso as autoridades de Atenas decidam sair da moeda única. "Temos que prevenir, o que é normal, e preparar um plano de contingência, mas não estamos dizendo que a Grécia sairá do euro".

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