A Assembléia Constituinte boliviana resolveu na quarta-feira retirar de sua pauta a polêmica proposta de transferência da sede do governo para a cidade de Sucre (sul), segundo a imprensa local. O impasse em torno do tema ameaçava impedir a aprovação da nova Carta Magna.

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A decisão, apoiada quase exclusivamente pela bancada governista, foi aplaudida em La Paz e provocou protestos em Sucre, onde funciona a Constituinte. Dirigentes cívicos e estudantis sucrenhos ameaçaram ocupar o teatro onde ocorreu a votação, segundo a rádio Erbol.

A emissora disse que a decisão de abandonar a proposta foi aprovada por 134 dos 255 constituintes. Outros 80 votaram contra.

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"Vamos recorrer a todas as instâncias legais e a outras medidas para reverter essa medida imposta de forma ditatorial", disse o reitor da Universidade San Francisco Xavier de Sucre, Jaime Barrón, à Erbol.

Ele acrescentou que cinco representantes de Sucre na Constituinte declararam greve de fome.

Sucre é por lei a capital da Bolívia, mas ali funciona apenas a Corte Suprema, enquanto os poderes Legislativo e Executivo despacham em La Paz desde a segunda metade do século 19.

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