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Tensão

Coreia do Norte aponta mísseis para alvos nos EUA e na vizinha do Sul

Ativistas sul-coreanos queimam imagens dos ex-líderes norte-coreanos Kim Il-Sung e Kim Jong-Il | EFE/Lee Jun-Sang
Ativistas sul-coreanos queimam imagens dos ex-líderes norte-coreanos Kim Il-Sung e Kim Jong-Il (Foto: EFE/Lee Jun-Sang)

A Coreia do Norte colocou seus mísseis e unidades de artilharia "em posição de combate", com o ponto de mira nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, informou nesta terça-feira (26) a agência estatal KCNA.

O Comando Supremo do Exército Popular norte-coreano "situa desde esse momento em posição de combate toda sua artilharia de campanha, incluindo unidades de mísseis estratégicos e de artilharia de longo alcance", indicou em comunicado.

A KCNA reiterou que as unidades de artilharia norte-coreanas têm sob seu ponto de mira a Coreia do Sul, assim como o território continental dos EUA, Havaí, Guam e outras bases militares americanas no Pacífico.

"Mostraremos a dura reação do nosso Exército e do nosso povo para proteger através de ações militares nossa soberania e a mais alta dignidade", acrescenta a nota.

Horas antes, a agência destacava que Kim Jong-un dirigiu pessoalmente exercícios de defesa com fogo real no litoral leste do país.

O Exército da Coreia do Sul "não detectou movimentos incomuns" nas Forças Armadas do país vizinho, assegurou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa de Seul.

Essa mesma fonte explicou que o "número um" a que faz referência o comunicado divulgado pela "KCNA" indica o mais alto nível de preparação do país comunista para o combate.

Neste sentido, o porta-voz afirmou que o Exército sul-coreano "vigia de perto" possíveis movimentos das tropas do país vizinho e "castigará com força" a Coreia do Norte em caso que agressão à Coreia do Sul.

Por sua parte, o ministro da Defesa sul-coreano, Kim Kwan-jin, instou hoje as tropas a responderem com firmeza a qualquer agressão, durante o ato de recordação do terceiro aniversário do afundamento da embarcação Cheonan, que causou 46 mortes e que Seul atribui a Pyongyang.

As recentes ações da Coreia do Norte se inscrevem na campanha de ameaças que o país realiza há duas semanas e que incluiu desde promessas de ataques nucleares preventivos contra Coreia do Sul e EUA até exercícios militares.

Com essa escalada belicista, considerada por analistas sul-coreanos uma demonstração de força sem intenções de realizar um ataque real, a Coreia do Norte pretende responder às sanções impostas pela ONU no início do mês por seu último teste nuclear, ocorrido em fevereiro.

A campanha de ameaças também responde às manobras militares que Seul e Washington realizam atualmente em território sul-coreano e que Pyongyang considera testes de ataques nucleares preventivos contra seu país.

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