Atualizado em 13/02/2007, às 18h48
O governo da Coréia do Norte aceitou nesta terça-feira congelar, dentro de 60 dias, o reator que está no centro do programa nuclear do país comunista. A decisão é o passo mais importante rumo ao desarmamento norte-coreano e foi tomada durante as negociações envolvendo seis nações em Pequim. Em troca, o regime stalinista receberá um pacote de ajuda energética e financeira no valor de US$ 300 milhões.
Autoridades norte-coreanas também permitirão inspeções internacionais em Yongbyon, com a promessa de pôr um fim a todo o programa nuclear comunista, em data não-especificada.
- Tendo o desarmamento das instalações nucleares da Coréia do Norte como o objetivo final, a Coréia do Norte vai fechar o complexo nuclear de Yongbyon - afirmou o enviado chinês Wu Dawei. - A Coréia do Norte vai convidar inspetores de volta à Coréia do Norte a fim de fazerem as inspeções necessárias - acrescentou.
Inicialmente, o governo norte-coreano deve, após cumprir suas metas em 60 dias, receber 50 mil toneladas de petróleo ou ajuda financeira no mesmo valor. Uma vez que a Coréia do Norte tome outras medidas para a desabilitação do seu programa nuclear receberá outras 950 mil toneladas de petróleo.
O acordo também prevê, se Pyongyang honrar o compromisso, que a Coréia do Norte seja retirada da lista americana de nações que apóiam o terrorismo. O país já foi incluído pelo presidente dos EUA, George W. Bush, no "eixo do mal", que reuniria países que, segundo Washington, dariam apoio ao terror e perseguiriam o desenvolvimento de armas nucleares. Completaram o "eixo" o Irã e o Iraque de Saddam Hussein.EUA otimistas
O governo dos EUA classificou como "muito importante" o acordo obtido com Pyongyang.
- Acreditamos que é um primeiro passo muito importante para o desarmamento nuclear da Coréia do Norte e da Península Coreana - afirmou o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.
Washington advertiu, entretanto, que se "Coréia do Norte não cumprir o acordo há a possibilidade de adoção de sanções por meio da comunidade internacional".
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas