O exército norte-coreano está por trás de uma série de ataques cibernéticos contra sites da Coreia do Sul e dos Estados Unidos nesta semana, que impediram o acesso e reduziram a velocidade de navegação, segundo reportagem publicada em um jornal sul-coreano neste sábado.
Os ataques parecem ter cessado na sexta-feira, mas prejudicaram centenas de computadores pessoais que se tornaram "zumbis".
A Coreia do Norte é o principal suspeito de lançar os ataques, embora o país não tenha sido incluído em uma lista feita pela Comissão de Comunicações da Coreia do Sul que reúne cinco países suspeitos.
"O laboratório número 110 do Ministério das Forças Armadas Populares da Coreia do Norte, uma equipe de hackers, recebeu ordem de destruir as redes sul-coreanas", citou o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul em uma audiência parlamentar a portas fechadas.
A unidade secreta tem recrutado especialistas que trabalham com aparatos de segurança da Coreia do Norte dentro e fora do país, incluindo a China, para travar uma guerra cibernética, informou o jornal JoongAng, citando a agência de espionagem.
Se a Coreia do Norte for responsável, isso aumentará as tensões já elevadas pelo teste nuclear realizado por Pyongyang em maio, pelos diversos mísseis lançados em julho e por repetidas ameaças aos inimigos Seul e Washington na mídia oficial.
O acesso à Internet é negado para quase todo mundo na Coreia do Norte, paíse que não pode produzir eletricidade suficiente para iluminar as cidades durante a noite. Forças da inteligência disseram que o líder Kim Jong-il lançou uma unidade de ataque cibernético há muitos anos.
Mas alguns analistas questionaram o envolvimento do país, afirmando que os ataques podem ser furto de espionagem industrial.
A KCC disse que diagnosticou uma forte queda no tráfego dos portais que foram vítimas dos ataques. A agência informou ainda que foram registrados 438 casos de computadores pessoais destruídos.