A Coreia do Norte acusou os EUA na quinta-feira de planejar um ataque nuclear, em um relatório divulgado no momento em que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, voa a Seul para discutir maneiras de neutralizar a ameaça militar norte-coreana.
Este é o mais recente de uma série de episódios em que a Coreia do Norte utiliza uma retórica raivosa. O país já disse estar pronta para uma guerra contra a Coreia do Sul. "Os quartéis belicosos dos Estados Unidos estão avançando em seus preparativos... numa tentativa de fazer um ataque nuclear preventivo", disse a mídia oficial norte-coreana.
"Os Estados Unidos falam de 'diálogo' e de 'paz' na península coreana, mas, na verdade, querem aumentar o confronto militar", disse um artigo no jornal do partido comunista do país, segundo a agência de notícias KCNA.
Nas últimas semanas, o Norte tem ameaçado reduzir o Sul a cinzas. Acredita-se que o país esteja planejando lançar seu míssil de mais longo alcance - que pode chegar ao território norte-americano. Analistas dizem que tudo isso faz parte de uma estratégia para pressionar Seul e chamar a atenção do novo governo norte-americano.
Hillary afirmou nesta quinta-feira que a incerteza sobre a sucessão do líder norte-coreano Kim Jong-il torna ainda mais urgente delinear uma estratégia para um acordo sobre o programa nuclear de Pyongyang.
"Nosso objetivo é tentar obter uma estratégia que ... seja efetiva em influenciar a postura da Coréia do Norte num momento em que toda a situação da liderança é, de alguma maneira, incerta", disse Hillary a jornalistas a bordo de um avião rumo à capital sul-coreana, referindo-se a informações do ano passado sobre uma possível doença de Kim.
Hillary já havia declarado na terça-feira, em Tóquio, no começo de sua primeira viagem internacional, que um míssil norte-coreano "não ajudaria nem um pouco".
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul avisou que tal lançamento seria motivo para sanções e mais isolamento. As duas Coreias, tecnicamente, ainda estão em guerra, já que nunca chegaram a um acordo formal de paz para encerrar o conflito que durou de 1950-53.
Seul também cortou a ajuda ao vizinho, porque Pyongyang tem sido devagar no processo de encerramento de seu programa nuclear.
Lembrando das condições horríveis no Norte, o ministro da Unificação da Coréia do Sul disse ao parlamento que o país vizinho ficou 20% abaixo da meta mínima de produção de comida necessária para seus 23 milhões de habitantes, apesar de ter tido uma das melhores colheitas em anos.
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