Imagem de vídeo divulgada pela Televisão Coreia do Norte mostra o terceiro estágio do lançamento do foguete norte-coreano| Foto: North Korean TV / Reuters

Se o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas tomar qualquer medida em resposta ao lançamento de um foguete norte-coreano ocorrido no fim de semana, Pyongyang irá reagir com "medidas fortes", disse nesta terça-feira (7) um diplomata do país junto à ONU.

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"Se o Conselho de Segurança tomar qualquer tipo de medida, vamos considerar isso como uma intrusão em nossa soberania, e a próxima opção será nossa", afirmou o vice-embaixador Pak Tok Hun a jornalistas. "Medidas necessárias e fortes irão (...) se seguir a isso."

Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul dizem que o lançamento do foguete violou a resolução 1.718, imposta em 2006, depois que Pyongyang realizou um teste nuclear. Essa resolução proíbe Pyongyang de realizar novos testes nucleares ou de disparar mísseis balísticos.

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A Coreia do Norte alega que não se tratava de um míssil balístico, e sim de um foguete com a missão de colocar um satélite em órbita, como parte de um programa espacial pacífico.

Os EUA e seus aliados dizem que se tratou de um teste disfarçado do míssil Taepodong-2, supostamente capaz de atingir o Alasca, e por isso propuseram que o Conselho de Segurança aprove uma resolução condenando o ato e possivelmente ampliando as sanções já em vigor.

China e Rússia, no entanto, questionam se houve violação e ameaçam usar seu poder de veto contra a eventual resolução.

Numa rara aparição a jornalistas na sede da ONU, Pak disse que as críticas ao lançamento são antidemocráticas. "Não é justo, não é justo", disse o diplomata. "Enquanto eles próprios lançam mais de cem vezes os satélites...)não somos autorizados a fazer isso. Isso não é democrático."

De acordo com ele, o lançamento "não é uma violação da resolução". "Dissemos que não é um míssil. Trata-se de um propósito pacífico, para o lançamento do satélite. Deixamos isso claro antes de lançá-lo."

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Os militares dos EUA dizem que nenhuma parte do foguete entrou em órbita, apesar de Pyongyang afirmar que o seu satélite está no espaço, transmitindo dados e canções revolucionárias.

Alguns diplomatas disseram que a Coreia do Norte colocou um falso satélite no foguete, algo que Pak contestou. "Dizemos que é um satélite. Temos certeza, deixamos isso claro".