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Os Estados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança da ONU adotar a proibição de comércio internacional de itens militares e de luxo, o poder de inspecionar todas as cargas entrando na Coréia do Norte e saindo do país e o congelamento de ativos ligados aos programas de armas norte-coreanos. As idéias são algumas da gama de opções que começaram a ser discutidas para o projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o país do ditador Kim Jong II.

Os integrantes do Conselho de Segurança da ONU já divulgaram uma condenação ao teste nuclear anunciado pela agência de notícias oficial da Coréia do Norte na noite de domingo (horário do Brasil) e continuam a discutir "medidas apropriadas", segundo o embaixador japonês Kenzo Oshima. O Japão preside o Conselho ao longo deste mês de outubro.

Segundo estimativas diversas, a explosão deve ter tido a potência equivalente a 550 toneladas de TNT, muito inferior à das bombas atiradas em Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial .

Escritórios da presidência da Coréia do Sul informaram que à 1h35m GMT (22h35m de domingo em Brasília) que detectou um tremor de terra na Coréia do Norte, de intensidade entre 3,58 e 3,7 graus, de acordo com os Instituto de Geociência e Recursos Minterai local.

O instituto geológico americano detectou um tremor de magnitude 4,2 na Coréia do Norte às 10h35m (horário local), a 385 km a noroeste da capital, Pyongyang.

O anúncio do teste afetou mercados mundo afora.

A decisão de condenação no âmbito do Conselho de Segurança foi tomada de forma unânime, disse o embaixador americano na ONU, John Bolton.

- Fiquei muito impressionado pela unanimidade do Conselho - disse ele -, sobre a necessidade de uma resposta forte e rápida ao que todos concordaram se tratar de uma ameaça à segurança e à paz internacional.

O presidente Americano, George W. Bush, disse num pronunciamento televisado que falou com seus pares do Japão, da Coréia do Sul, da China e da Rússia, e todos confirmaram a necessidade de se manter a península coreana livre de armas atômicas.

- Mais uma vez, a Coréia do Norte desafia a vontade da comunidade internacional, e a comunidade internacional vai responder - disse ele.

Bush também adiantou a agenda de segurança mundial, afirmando que eventual transferência de armamentos por parte da Coréia do Norte será considerada "grave ameaça aos Estados Unidos".

Se a vizinha Coréia do Sul for atacada, os EUA se sentirão atacados e, portanto, deverão revidar.

Armas nucleares nas mãos de um ditador que se beneficia de uma dinastia comunista são um perigo imenso na região. Leia aqui o perfil de Kim Jong II , que se intitula "Querido líder".

Dentre as reações mundiais contra o teste, estão da Grã-Bretanha, maior aliada dos Estados Unidos na maioria das questões geopolíticas, e da China.

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, qualificou e ato completamente irresponsável o teste nuclear. Numa declaração, Blair disse que o teste nuclear expressou a indiferença do regime de Pyongyang em relação à preocupação da comunidade internacional.

- A comunidade internacional pediu à Coréia do Norte em repetidas ocasiões para que se abstivesse de realizar testes nucleares ou com mísseis - destacou Blair. - Este ato de desafio mostra a indiferença da Coréia do Norte diante das preocupações de seus vizinhos e da comunidade internacional - insistiu.

A China afirmou que se opôs firmemente ao teste nuclear norte-coreano, denunciando o mesmo como "descarado" e exigiu que Pyongyang interrompa qualquer ação que possa piorar a situação.

"A República Democrática Popular da Coréia ignorou a ampla oposição da comunidade internacional e conduziu um teste nuclear descaradamente em 9 de outubro", disse o Ministério das Relações Exteriores da China num comunicado em seu site na internet.

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