A Coreia do Norte alegou neste sábado (20) que as sanções das Nações Unidas não funcionarão no país comunista e apenas aumentarão a vontade de reforçar o Exército. O "Rodong Sinmun", jornal oficial do Partido Comunista, afirmou que as sanções não prejudicarão o país, que tem economia autossustentável, e alertou que as ações poderão receber retaliações. "É ridículo e desprezível para as forças inimigas clamar por endurecimento das sanções e bloqueios contra nós", disse o jornal. "Isso nem sequer machucaria um fio de cabelo das pessoas que têm vivido uma vida autossustentável, que vivem com os seus próprios meios, em sua própria terra".

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A Coreia do Norte poderia responder a "tiros de espingarda com tiros de arma, a tiros de arma com mísseis e a armas nucleares com armas nucleares". "A nossa determinação em reforçar nossas Forças Armadas em centenas de milhares se torna mais firme a cada dia", sustentou o jornal em um longo comentário intitulado "A natureza do povo coreano".

As tensões na península coreana vêm aumentando desde que Pyongyang realizou o seu segundo teste nuclear no mês passado. Após o teste subterrâneo e os subsequentes lançamentos de mísseis, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução na semana passada que inclui sanções financeiras destinadas a reduzir a receita do país comunista. A Coreia do Norte já tinha prometido construir mais bombas e iniciar um novo programa de armas baseado no enriquecimento de urânio, em resposta às sanções.

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Em Washington, uma autoridade de defesa dos Estados Unidos disse ontem que um destroier da Marinha dos EUA estava monitorando um navio norte-coreano que possivelmente transportava mercadorias proibidas, como parte dos esforços internacionais para fazer cumprir as sanções da ONU. O USS John S. McCain acompanhava o navio Kang Nam, o primeiro a ser controlado dentro da resolução imposta pela ONU há uma semana que proíbe transferências de armas de e para a Coreia do Norte, disse a autoridade.

Autoridades do Pentágono se negaram a comentar sobre uma notícia na televisão de que o destroier seguia para interceptar a embarcação norte-coreana. As autoridades enfatizaram que as sanções da ONU não autorizam força militar e que Washington estava buscando uma estratégia diplomática.