A Coreia do Sul realizou nesta quarta (13) cerca de 20 disparos após um suposto drone norte-coreano cruzar brevemente a fronteira entre os dois países. Foi a primeira reação concreta de Seul desde que um novo teste nuclear de Pyongyang, na última semana, elevou ainda mais o nível de tensão entre os vizinhos.
O suposto drone estava voando dezenas de metros ao sul da fronteira e retornou para o norte depois que os militares sul-coreanos começaram a atirar, segundo fontes de Defesa do país informaram à Associated Press. Os tiros não atingiram o objeto.
Voos de drones norte-coreanos sobre a fronteira mais fortemente armada do mundo são raros, mas já aconteceram antes. Nos últimos anos, a Coreia do Norte vem exaltando seu programa de drones, aquisição relativamente recente em seu arsenal.
Em 2014, autoridades de Seul descobriram que vários drones norte-coreanos tinham voado para o seu lado da fronteira. Os aparelhos eram grosseiros e de baixa tecnologia, mas ainda assim considerados uma potencial ameaça à segurança.
Na última quarta-feira (6), a Coreia do Norte anunciou ter realizado seu primeiro teste “com sucesso” de uma bomba de hidrogênio -- com potencial destrutivo muito maior que uma bomba atômica tradicional. Segundo Pyongyang, a bomba testada era um dispositivo “miniaturizado”.
O anúncio norte-coreano foi recebido com ceticismo por especialistas e suscitou críticas no mundo. A Casa Branca logo disse que os dados analisados pelas agências de informação norte-americanas não eram “consistentes” com um teste de Bomba H bem-sucedido.
No mesmo dia, o Conselho de Segurança da ONU condenou Pyongyang e anunciou que começará a preparar novas sanções contra o país.
Demonstrações de força após o teste nuclear também foram registradas do lado sul da fronteira. No último domingo, um avião bombardeiro americano, que pode transportar armas nucleares, sobrevoou por alguns minutos a base aérea militar de Osan, 70 km ao sul da fronteira coreana, antes de retornar para sua base.
Sanções
Ainda nesta quarta, a Coreia do Sul alertou a Coreia do Norte de que os EUA e seus aliados trabalham na elaboração de sanções para “infligir dor” após o último teste nuclear de Pyongyang, na última semana, e pediu à China que faça sua parte para controlar o regime do país isolado.
A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou por quase unanimidade, na terça, uma nova legislação para expandir as sanções contra a Coreia do Norte.
Mas aparentemente imperturbável diante do prospecto de um isolamento internacional ainda maior, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou a expansão do tamanho e da força do arsenal nuclear de seu país, encorajando a “detonação de bombas H mais poderosas”, segundo a mídia estatal norte-coreana.
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, disse que mais “provocações” feitas pelo Norte, incluindo o “terrorismo cibernético”, seriam possíveis, e que as novas sanções devem ser mais duras do que as anteriores. Ela não elaborou de que maneira.
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