A polícia da Coreia do Sul abriu uma investigação para esclarecer o envio à embaixada dos Estados Unidos de uma carta com ameaças e uma foto de uma panela de pressão como a utilizada nos recentes atentados de Boston, informou nesta quinta-feira (2) a agência Yonhap.
A carta, que chegou na quarta-feira (1º) à embaixada em Seul, continha uma mensagem em coreano com uma ameaça aos cidadãos americanos que vivem em território sul-coreano, aos quais avisa que "serão atacados" se continuarem "com os jogos de guerra", uma possível referência às manobras militares criticadas pela Coreia do Norte.
Os responsáveis pela investigação não descartam que se trate da mesma pessoa que na semana passada enviou ao ministro da Defesa sul-coreano um envelope com um pó branco suspeito.
Apesar de a princípio não ter sido descartado que se trate de "um ato terrorista", o pó branco foi examinado e acabou sendo verificado que se tratava de farinha de trigo, embora a investigação continue aberta para que possa ser detido o remetente anônimo.
Além do pó, a carta continha um panfleto que ameaçava "castigar" o ministro por sua postura de linha dura para com a Coreia do Norte.
Neste sentido, a polícia inspecionou recentemente a casa de um primeiro suspeito, mas não encontrou nenhuma prova conclusiva sobre sua autoria, acrescentou a "Yonhap".
As manobras militares conjuntas que Seul e Washington realizam anualmente, e que terminaram nesta semana após dois meses de uma longa escalada de tensão na península, são consideradas pela Coreia do Norte como um "teste de invasão" de seu país.
Deste modo, o regime norte-coreano do líder Kim Jong-un elevou sua habitual dialética belicosa com a ameaça de realizar um ataque preventivo nuclear aos dois aliados, para o qual mobilizou contingentes militares, segundo fontes da inteligência sul-coreana.