O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quarta-feira que a curto prazo não planeja dissolver a Assembleia Nacional para legislar por decreto, embora essa medida continue sendo uma opção.
Correa havia levantado a possibilidade de adotar a medida prevista na Constituição -- e conhecida no Equador como "morte cruzada" --, pela qual ele poderia dissolver o Congresso e legislar por decreto até que sejam realizadas novas eleições.
"Não vemos de imediato necessidade de nenhuma 'morte cruzada', mas também não podemos excluí-la", disse o presidente em uma entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros. "Hoje, mais do que nunca, a possibilidade está distante, mas nós não a excluímos no futuro."
O Equador foi abalado na semana passada por um violento protesto de policiais amotinados que queimaram pneus nas ruas e mantiveram Correa preso por várias horas em um hospital, de onde foi resgatado por comandos de elite do Exército em meio a uma troca de tiros com os rebelados.
Na terça-feira o governo equatoriano prorrogou o estado de exceção e substituiu os policiais que costumavam fazer a segurança do Congresso por tropas do Exército. Correa, um inflamado líder esquerdista, qualificou os distúrbios de quinta-feira de tentativa de golpe de Estado orquestrada por seus inimigos.
O presidente tem o apoio da maioria dos 124 membros do Congresso, mas ele não consegue fazer avançar seu programa de governo por causa de desentendimentos em sua coalizão sobre propostas para reformar as finanças do Estado e o ensino superior.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião