O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse hoje crer firmemente que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não teve "nada a ver" com o levante policial ocorrido na semana passada. Porém, Patiño acrescentou que desconfiava "dos grupos do poder" no país norte-americano. De Caracas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atribuiu a revolta aos EUA, enquanto o líder boliviano, Evo Morales, implicou o Departamento de Estado norte-americano.
"Creio firmemente que o senhor Obama não terá tido nada a ver. Confio que suas principais autoridades tampouco", disse o chanceler equatoriano a correspondentes. "Não posso dizer o mesmo dos grupos de poder que há nos Estados Unidos e que não são controlados pelo governo, e não posso dizer o mesmo de outro tipo de pessoas", afirmou ele, sem fazer qualquer identificação.
O motim de policiais, ocorrido em 30 de setembro, deixou o presidente equatoriano, Rafael Correa, preso em um hospital durante horas até ser resgatado pelo Exército. Correa assumiu em 2007, antecipou eleições, foi reeleito e agora tem mandato até 2013. O chanceler pediu unidade aos equatorianos "para sustentar a estabilidade desse país e do projeto democrático".
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião