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Eleições

Corrida eleitoral na Bolívia termina em clima de calma

O presidente da Bolívia, Evo Morales, encerrou na noite da quinta-feira sua campanha, seguro de obter um novo mandato nas eleições deste domingo. Morales falou a centenas de milhares de partidários em El Alto, uma das cidades mais pobres do país, cenário de violentos protestos em 2003, que culminaram com a queda do governo na época. Nesta sexta-feira, com a campanha já encerrada, Evo visitou uma mina em Potosí, onde entregou equipamentos novos aos trabalhadores. Segundo informações da Agência Boliviana de Informação (ABI), ele viajará à tarde a Cochabamba, onde visitará uma fábrica de tratores.

"Graças à consciência do povo boliviano vamos ganhar...me disseram que temos o maior apoio, mas é preciso continuar, temos que chegar a mais", discursou Evo em El Alto.

Seu principal rival, o direitista Manfred Reyes Villa, encerrou sua campanha na cidade de Santa Cruz, um reduto da oposição no leste boliviano. O terceiro colocado, o empresário Samuel Doria Medina, de centro, também optou por Santa Cruz para seu último discurso na corrida eleitoral.

Evo defende um projeto político de esquerda, de reivindicação étnica e orientado ao estatismo. Ele enfrenta uma oposição conservadora que defende um projeto liberal e questiona a suposta linha autoritária do mandatário.

Os bolivianos irão às urnas neste domingo para as eleições gerais e 18 consultas sobre autonomia departamental, regional e indígena. Também escolherão um presidente, um vice-presidente, uma nova Assembleia Legislativa e, em 18 regiões, votarão por uma administração autônoma.

Serão mobilizados 37 mil policiais para garantir a segurança pública no dia das eleições. Por lei, o transporte público e os voos não operarão nesse dia.

Diversas pesquisas asseguraram a vitória folgada de Morales, com entre 52% e 55% das preferências. Reyes Villa aparece com 20% nas sondagens, e Doria Medina, com 10%.

O presidente inclusive já convocou a primeira reunião do novo governo para 12 de dezembro. Morales assumiu em janeiro de 2006 e, caso vença, assumirá um mandato de 5 anos a partir de 22 de janeiro de 2010.

Os habitantes dos departamentos (Estados) de La Paz, Cochabamba, Chuquisaca, Oruro e Potosí decidirão neste domingo sobre o modelo de autogoverno.

Mais de 200 observadores da União Europeia, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Centro Carter já estão na Bolívia, se preparando para monitorar as eleições.

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