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Uma corte do Paquistão acusou, nesta quarta-feira, sete suspeitos pelos ataques em Mumbai que mataram 166 pessoas, há um ano, segundo um advogado de defesa. Os homens foram acusados pela corte antiterrorismo em uma prisão de segurança máxima na cidade de Rawalpindi, às vésperas do primeiro ano de um dos piores ataques militantes da Índia, que piorou dramaticamente as relações entre os dois vizinhos.

Os sete suspeitos afirmaram ser inocentes. Entre eles está o suposto mentor do ataque, Zakiur Rehman Lakhvi, e um suposto importante membro do grupo militante Lashkar-e-Taiba, Zarar Shah A ação ocorreu entre os dias 26 e 29 de novembro, na capital financeira indiana, Mumbai. "Todos os sete foram acusados, incluindo Lakhvi", revelou o advogado Shahbaz Rajput. Segundo o advogado, eles foram também indiciados no âmbito de uma lei antiterrorismo do país.

A Índia e os Estados Unidos culparam pela violência o proscrito grupo militante paquistanês Lashkar-e-Taiba. Os ataques atrapalharam o já frágil processo de paz de quatro anos entre os dois rivais do sul da Ásia, ambos com armas nucleares.

Em Washington para uma visita de Estado, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, pediu ao mundo que pressione o Paquistão a combater os extremistas. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse acreditar que Islamabad avança no combate ao extremismo.

Uma nação muçulmana, o Paquistão realiza ofensivas contra militantes do Taleban no noroeste do país e historicamente financia grupos contrário à Índia.

As acusações desta quarta-feira ocorrem uma semana após a Índia entregar mais informações ao Paquistão sobre os ataques. O governo indiano denunciou a participação de "agências oficiais" do Paquistão no caso, o que Islamabad nega.

O advogado disse que a próxima audiência no caso será no dia 5 de dezembro. Nova Délhi pressiona para que o Paquistão trabalhe rápido no caso. Os dois países tornaram-se independentes da Grã-Bretanha e se dividiram em 1947. Desde então, travaram três guerras.

Tributo em Mumbai

Nesta quarta-feira, dia 25 de novembro, aconteceram várias vigílias em Mumbai para lembrar os atentados que na quinta-feira, dia 26, completarão um ano. Cerca de 100 pessoas pintaram murais na cidade indiana lembrando os trágicos acontecimentos, e meninas de uma escola deixaram impressões com suas mãos pintadas de vermelho nos muros.

"Nós não deixaremos que os terroristas nos detenham", disse o rabino Avraham Berkowitz, que está no comando do centro judaico Chabad, onde seis pessoas foram mortas pelos terroristas no ano passado, incluído o rabino local e sua esposa. Diplomatas dos Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Canadá, Inglaterra e Israel acenderam velas em Mumbai, em memória dos cidadãos dos seus países que foram mortos pelos terroristas.

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