Um juiz dos Estados Unidos arquivou um processo movido por familiares que pediam indenização do governo pela morte de dois detentos na prisão militar de Guantánamo, encravada em Cuba.
Um saudita e um iemenita foram encontrados mortos em junho de 2006, aparentemente por suicídio. Parentes deles moveram uma ação acusando as autoridades de submeter os presos a torturas e abusos.
Militares dos EUA acusavam o saudita Yasser al-Zahrani de ter ido ao Afeganistão para lutar ao lado do Taleban. Al Zahrani, cozinheiro, sempre negou a acusação, segundo os militares.
Já o iemenita Salah Ali Abdullah Ahmed Al-Salami era acusado de ligação com a Al Qaeda, e foi preso em um esconderijo, em 2002, onde foi achado um laptop com informações sobre a produção de armas radiativas. Ele negava ter conhecimento de qualquer ataque realizado ou planejado contra os EUA.
Na época em que eles morreram, os familiares negaram que tivesse havido suicídio, já que isso contraria os preceitos islâmicos. Mas uma investigação militar de 2008 concluiu que ambos se enforcaram.
Os parentes pleiteavam indenizações não especificadas, no processo que corria na Justiça federal em Washington, O governo Obama alegava que o tribunal não tinha jurisdição sobre a prisão de Guantánamo para acusações desse tipo.