Diante da incapacidade de se eleger um país que substitua a Argentina na vaga de América Latina e Caribe no Conselho de Segurança da ONU - foram 16 rodadas de votação sem que Guatemala ou Venezuela tenham conseguido dois terços dos 192 votos - existe pressão crescente para que se encontre um candidato de consenso que possa acabar com o impasse.
México e Chile são alguns dos países que estão propondo essa opção. Como primeiro passo, eles prevêem convocar uma reunião do grupo de países da América Latina e do Caribe para avaliar as possibilidades.
- É preciso uma reunião para analisar como os candidatos vêem suas expectativas - disse o embaixador mexicano na ONU, Enrique Berruga.
Segundo ele, uma opção é a retirada de ambos os candidatos, o que abriria caminho para um terceiro. Outra opção é a retirada de uma ou de outra candidatura.
Entre os países que se apresentariam como candidatos de consenso estão Uruguai, Costa Rica, Panamá e República Dominicana.
Aparentemente, nem Guatemala nem Venezuela estão dispostas a jogar a toalha, segundo declarações dos respectivos representantes.
O embaixador venezuelano, Francisco Arias Cérdenas, disse que seu país não sairá da disputa até que os Estados Unidos deixem de pressionar estados-membros para que votem na Guatemala. O embaixador americano na ONU, John Bolton, disse que não há pressão alguma.
- Explicamos os motivos pelos quais a candidatura da Venezuela é problemática e porque a candidatura da Guatemala possui muitos méritos. Os países estão tomando suas decisões, pelo menos no que nos diz respeito - disse ele.
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