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Cartaz em Sebastopol, como os dizeres "Chega de facismo", chama os habitantes da Crimeia para votar no referendo de anexação da região à Rússia | EFE/Zurab Kurtsikidze
Cartaz em Sebastopol, como os dizeres "Chega de facismo", chama os habitantes da Crimeia para votar no referendo de anexação da região à Rússia| Foto: EFE/Zurab Kurtsikidze

O Conselho Superior (Parlamento regional) da Crimeia aprovou nesta terça-feira (11) uma declaração de independência da Ucrânia e reiterou seu desejo de se incorporar à Rússia.

A resolução, que entraria em vigor logo após ser aprovada, foi apoiada por 78 dos 100 deputados do Parlamento da rebelde região autônoma ucraniana, segundo revelou um porta-voz do legislativo para a agência russa RIA Novosti.

"Crimeia, como um Estado independente, se dirigirá à Federação da Rússia depois do referendo (sobre a reunificação com esse país) para propor a integração à Rússia na qualidade de um sujeito federado", explicou o porta-voz.

O documento aprovada pelo Conselho Supremo da Crimeia faz referência ao precedente do Kosovo para justificar sua decisão unilateral.

A decisão, segundo o parlamento crimeano, levou "em consideração a confirmação do tribunal internacional da ONU em relação ao Kosovo, de 22 de julho de 2010, segundo a qual a declaração unilateral da independência de uma parte de um Estado não viola as normas do direito internacional".

A declaração diz que a independência da Crimeia deverá ser referendada na votação popular convocada para domingo, consulta declarada ilegal pelo governo central da Ucrânia.

Os crimeanos foram convocados às urnas para responder duas perguntas: "Você é a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia" e "Você é a favor que se volte a colocar em vigor a Constituição da Crimeia de 1992 e do status da Crimeia como parte da Ucrânia?".

A Crimeia, península banhada pelo Mar Negro, tem dois milhões de habitantes, dois quais 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros.

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