Já chega a 13,3 milhões o número de vítimas da crise de fome no Chifre da África, de acordo com a última avaliação das necessidades humanitárias na Somália e no Quênia, revelou nesta sexta-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Sete semanas após a ONU ter anunciado o estado da crise de fome na região do Chifre da África, 900 mil vítimas da crise se juntaram aos 12,4 milhões inicialmente afetados pela falta de alimentos, principalmente na Somália.
O novo cálculo aponta que 146 mil pessoas precisam receber alimentos em Djibuti, 4 milhões na Somália e 4,3 milhões no Quênia, das quais 560 mil são refugiados (482 mil somalis e os demais de outras nacionalidades).
A avaliação revelou também que 4,8 milhões de pessoas precisam de ajuda urgente na Etiópia, sendo 181 mil refugiados somalis e 80 mil de outros países.
No total, os refugiados são 841 mil das 13,3 milhões pessoas atingidas nessa região africana.
"A situação piora conforme a crise avança para Bay, no sul da Somália, a sexta região afetada", alertou em entrevista coletiva a porta-voz da instituição, Elisabeth Byrs.
A porta-voz da ONU em Genebra, Corinne Momal-Vanian, antecipou que é provável que "nas próximas semanas a crise alcance outras regiões".
Outro dado alarmante foi divulgado por uma porta-voz do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), que declarou que de 2,3 milhões de crianças entre 5 e 17 anos que vivem nas regiões central e sul da Somália, 78% não frequentam escola, seja porque estão desalojadas ou pela insegurança.
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