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Bangcoc – Em uma região de democracias frágeis, o golpe na Tailândia desperta preocupações sobre os países vizinhos. Segundo analistas políticos, porém, a chance de a crise se ampliar pela Ásia é remota. "De qualquer modo, em um momento em que muitos países lutam para consolidar suas democracias, esse é um mau exemplo", diz Dewi Fortuna, do Instituto de Ciências da Indonésia. Os indonésios têm lutado para estabelecer uma democracia desde a queda do ditador Suharto em 1998. Já nas Filipinas, os golpes nunca podem ser vistos como improváveis. O Exército lançou pelo menos nove tentativas desde a queda do ditador Ferdinand Marcos, em 1986. A presidente Glória Arroio – acusada de corrupção – sobreviveu a duas tentativas de impeachment nos últimos dois anos e uma tentativa de golpe em fevereiro.

O que diferencia o caso da Tailândia, porém, é o rei Bhumibol Adulyadej. O monarca é um fator unificador no país e um golpe teria pouca chance de sucesso sem, pelo menos, seu apoio tácito.

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