A atual violência na Líbia representa uma séria ameaça à segurança alimentar no mundo árabe, por conta de sua dependência das importações de cereais, informou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
"A crise atual provavelmente terá impacto significativo na segurança alimentar da Líbia e de áreas próximas", afirmou Daniele Donati, diretor do serviço de operações emergenciais da FAO. "Na Líbia, a situação pode levar à interrupção das importações e ao colapso do sistema interno de distribuição. A redução dos estoques de alimentos e a perda da mão de obra rural são fatores que podem afetar seriamente a segurança alimentar no longo prazo", disse Donati.
Mais de 200 mil trabalhadores fugiram para países fronteiriços, incluindo Tunísia e Egito, na tentativa de escapar da violência na Líbia. Agências humanitárias estimam que até seis mil pessoas podem ter morrido desde meados de fevereiro após confrontos sangrentos entre grupos rebeldes e forças leais ao coronel Muamar Kadafi.
A crise da Líbia é a mais recente de uma onda de tumultos populares no mundo árabe. O Programa Alimentar Mundial (WFP, na sigla em inglês), também da ONU, prevê que 2,7 milhões de pessoas podem precisar de ajuda alimentar, como resultado da turbulência política na região, e pediu US$ 43,2 milhões para financiar uma ação emergencial.
A FAO teme que interrupções no comércio e o deslocamento da população possam prejudicar a produção doméstica, que está centrada em torno do porto de Benghazi, no leste da Líbia, o mais afetado pela crise. "Novas altas de preço no mercado internacional teriam um impacto devastador na capacidade das pessoas vulneráveis de cobrir suas necessidades básicas", segundo a organização. A taxa de inflação subiu 10,4% na Líbia durante a crise de alimentos de 2008. As informações são da Dow Jones.
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