Uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) terminou na quinta-feira sem que uma intervenção militar na Líbia fosse aprovada. A ausência de acordo na Otan e na Comunidade Europeia sobre a criação de uma zona de exclusão aérea e a dificuldade em extrair a aprovação do Conselho de Segurança à ação militar fizeram com que ganhasse peso uma solução exclusivamente árabe.
A criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia pela Liga Árabe também não é questão de consenso entre seus membros. Síria e Argélia resistem. A organização deverá se reunir amanhã, no Cairo, para tratar da proposta. A entidade pretende atrair suficiente apoio da comunidade internacional para legitimar sua ação militar na Líbia.
A Organização da Conferência Islâmica garantiu seu suporte no caso de o ataque das forças de Muamar Kadafi no norte do país continuar, mas a União Africana rejeitou a adoção de qualquer ação militar e formou uma comissão para tratar da questão.
Em Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, reiterou ontem que não há a possibilidade de se adotar a zona de exclusão aérea sem "claro mandato" do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A resistência da Otan reflete o temor de a internacionalização do conflito na Líbia provocar reações violentas de radicais islâmicos na Europa e no mundo árabe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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