Repórteres tentam falar com a ex-vice-presidente Roxana Baldetti, presa por associação com os casos de corrupção na Guatemala| Foto: JORGE DAN LOPEZ/REUTERS

Enquanto a Guatemala vive uma intensa crise política, o ministro das Finanças do país, Dorval Carias, renunciou ao seu cargo nesta segunda-feira (25). Este é o quinto pedido de demissão de ministros do presidente Otto Pérez Molina na última semana, aumentando ainda mais as ameaças à sua gestão.

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O presidente é acusado de envolvimento em um escândalo de corrupção investigado pela procuradoria nacional desde abril deste ano.

Em nota publicada pela sua assessoria, Carias não explicou os motivos para a sua saída do governo, anunciada no momento em que o ministro estaria formando o orçamento da Guatemala para o próximo ano.

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Desde o último final de semana, os ministros das Comunicações, da Educação, da Saúde e da Economia também deixaram seus cargos, sob a alegação de que não poderiam mais continuar no governo de Molina depois das acusações de corrupção sofridas pelo presidente na última sexta-feira.

Em discurso para todo o país exibido pela TV no último domingo, Molina negou todas as acusações contra o seu nome no escândalo de corrupção que gera manifestações da população contra sua gestão. A ex-vice-presidente, Roxana Baldetti, foi presa dois dias antes por associação criminosa, pagamento de propina e fraude no mesmo esquema, depois de ter renunciado ao cargo em maio deste ano.

Molina foi acusado na sexta-feira de ser um dos protagonistas do pagamento de propinas em uma rede de fraude aduaneira no país pela procuradoria. A ONU, que criou uma comissão investigadora para o caso, também se pronunciou a favor do seu afastamento na última sexta feira. Os investigadores buscam agora permissão para processar o presidente, que iniciou seu governo em 2012.