Campanha presidencial termina com disputa em Buenos Aires
Os principais candidatos à presidência da Argentina encerram nesta quinta-feira (25) suas campanhas de rua com comícios na capital do país.Leia a matéria completa
A candidata à presidência e primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner se pronunciou nesta quinta-feira contra o aborto, opinião que coincide com a dos principais candidatos às eleições deste domingo na Argentina.
"Sempre me defini contra o aborto", declarou Cristina à rádio Diez de Buenos Aires, no segundo dia de contato com a imprensa, após ter passado toda a campanha evitando dar entrevistas.
Sua principal adversária nas pesquisas de intenção de voto, a liberal-cristã Elisa Carrió, ligada à poderosa Igreja Católica argentina, é uma defensora fervorosa da lei que proíbe a interrupção da gravidez.
"Não acredito que os que defendem a descriminalização do aborto sejam a favor do aborto. Isso seria uma simplificação", afirmou a mulher do presidente Néstor Kirchner e favorita à sua sucessão, como indicam todas as sondagens.
Carrió já admitiu, porém, que a Coalizão Cívica, da qual faz parte, "mantém posições diferentes" sobre o tema.
De fato, o candidato a vice-presidente de Carrió, o socialista Rubén Giustiniani, é a favor da descriminalização do aborto, iniciativa que incentivou também como senador no Congresso.
A posição antiaborto foi defendida pelo candidato da formação Uma União Avançada (UNA), o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, que afirmou ser "a favor da vida sempre".
Ainda assim, Lavagna, que nas pesquisas aparece em terceiro lugar, defendeu as normas previstas no Código Penal vigente, autorizando o aborto apenas quando há risco de morte para a mãe ou quando a gravidez é fruto de estupro cometido contra uma mulher com problemas mentais.
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