A candidata presidencial governista e primeira-dama Cristina de Kirchner ganhará no primeiro turno as eleições do próximo domingo na Argentina, de acordo com três pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, poucas horas antes do encerramento oficial da campanha.
Os prognósticos de vitória da mulher do presidente Néstor Kirchner, que encabeça uma aliança peronista com componentes social-democratas, foram publicados por Fabián Perechodnik (Poliarquía), Ricardo Rouvier (Rouvier y Asociados) e Luciana Grandi (IPSOS-Mora y Araujo).
"Não trabalhamos com nenhuma projeção de segundo turno desde o início da campanha", disse Rouvier a jornalistas.
As pesquisas mostram a senadora peronista à frente das intenções de voto com 40 a 50%. A segunda colocada é outra mulher, a liberal cristã Elisa Carrió, com uma margem de voto entre 12 e 18%.
Na Argentina, um candidato precisa de pelo menos 45% dos votos - ou 40% com uma vantagem mínima de 10 pontos sobre o segundo candidato - para evitar uma decisão no segundo turno, que se for necessário acontecerá no dia 25 de novembro.
"Se houver segundo turno será um duro golpe para o governo, além de uma surpresa para a sociedade", afirmou Rouvier.
Enquanto isso, Perechodnik declarou que "notamos na maioria das pessoas um voto pela continuidade" do modelo de governo.
"Os eleitores não vêem conflito no casal Kirchner. Reconhecem nela sua qualidade de mulher política. Tem um perfil mais social-democrata e isso se deve à influência de Michelle Bachelet (presidente do Chile)", opinou.
As três pesquisas apontam que Carrió, que lidera uma coalizão de liberais e social-democratas, cresceu nas medições, mas sem conseguir número de votos suficiente.